A positividade para o SARS-CoV-2 (covid-19) inverteu a tendência de queda observada desde fevereiro e voltou a subir. Nas últimas seis semanas epidemiológicas (SE 21, encerrada em 25 de maio, e SE 27, finalizada em 6 de julho), o aumento foi de cinco pontos percentuais, chegando a 7%. Aumentos de positividade após forte queda tendem a sinalizar antecipadamente o início de novos surtos pelo país, indicam análises do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com dados de diagnósticos moleculares feitos por Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin desde dezembro de 2021.
Neste ano, o pico de positividade para covid-19 (35%) foi registrado na SE 6, encerrada em 10 de fevereiro. Depois houve um declínio contínuo e o percentual chegou a 1,7% na SE 21 – o patamar mais baixo da série histórica desde 2022.
Entre as unidades federativas com dados suficientes para análises individuais, Pernambuco e Amazonas foram as que apresentaram na SE 27 as maiores taxas, 27% e 25%, respectivamente. Em seguida estão o Distrito Federal, com 13%, e São Paulo, com 5%.
Em direção oposta ao SARS-CoV-2, a positividade para os vírus Influenza A e Sincicial Respiratório (VSR) está em declínio, marcando 14% e 10%, respectivamente, na SE 27. A positividade para Influenza A teve um crescimento progressivo de dezembro (SE 48, encerrada em 2 de dezembro de 2023) a abril (SE 13, finalizada em 13 de abril de 2024), passando de 2% para 27%. Desde esse elevado patamar, o percentual segue em queda. A positividade para VSR apresentou comportamento semelhante nos meses iniciais deste ano. O ápice (18%) ocorreu no início de abril (SE 14, encerrada em 6 de abril) e desde então o percentual está em queda.
O vírus Influenza B, por sua vez, manteve-se em circulação nos meses iniciais de 2024, porém com baixa positividade (<1%). Desde maio, no entanto, o percentual aumentou, chegando a 2% na SE 27 – o maior dos últimos 12 meses.
As análises dos quatro principais vírus respiratórios em circulação no país são do ITpS com dados de 932.508 diagnósticos moleculares feitos entre 8 de julho de 2023 e 6 de julho de 2024 pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin. Desde o início dos monitoramentos, em dezembro de 2021, o Instituto já analisou 4.770.125 milhões de resultados.
O ITpS recomenda que a população se vacine contra a covid-19 e tome todas as doses indicadas conforme idade e condição de saúde. Grupos prioritários, como grávidas, puérperas e idosos, entre outros, também podem receber, no Sistema Único de Saúde (SUS), imunizante contra a gripe. Em caso de dúvidas, procure um posto de saúde.
Para conhecer o percentual de positividade de testes para outros vírus e bactérias, acesse o levantamento no site do ITpS.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
Os trabalhos foram iniciados com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. O ITpS tem como associada mantenedora a Fundação Itaú e como associados a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes: