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Comunicação
BBC: Varíola dos macacos, hepatite misteriosa, covid: mundo está mais propenso a surtos e epidemias?
Na mídia

BBC: Varíola dos macacos, hepatite misteriosa, covid: mundo está mais propenso a surtos e epidemias?

04.06.2022

André Biernath


As últimas semanas ficaram marcadas pelo surgimento de dois surtos que preocupam as autoridades de saúde. Primeiro, uma hepatite de origem misteriosa que acomete principalmente as crianças. Depois, o espalhamento da varíola dos macacos por vários países.


Enquanto os cientistas ainda tentam desvendar as origens e as causas dos quadros, vale notar que esses eventos acontecem em meio à pandemia de covid-19, doença causada por um vírus que, até o início de 2020, era absolutamente desconhecido.


Será que as crises de saúde em sequência são fruto do acaso? Ou o contexto em que vivemos propicia surtos, epidemias e pandemias?


E, antes mesmo de o coronavírus dominar o noticiário, na última década vimos graves problemas no Brasil e no mundo relacionados a outros vírus, como ebola, zika, dengue, chikungunya, febre amarela e sarampo.


Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que a segunda hipótese é a mais provável: atualmente, o mundo reúne uma série de características que facilitam ainda mais o aparecimento (ou o ressurgimento) de doenças infecciosas.


E, como você vai entender ao longo da reportagem, há pelo menos sete fatores que ajudam a explicar todo esse cenário: o trânsito de pessoas entre os países, a urbanização desenfreada, as mudanças climáticas, a demanda por proteína animal, o maior contato com zonas silvestres, a recusa às vacinas e a falta de profissionais de saúde e vigilância.


(...)


Mudanças climáticas


O aumento da temperatura média do planeta traz as mais diversas consequências à saúde.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas estarão diretamente relacionadas com 250 mil mortes adicionais a cada ano.


Entre as causas desses óbitos, a entidade destaca o aumento de doenças infecciosas, como malária e dengue.


E isso acontece porque os mosquitos transmissores desses quadros se reproduzem justamente no calor e se aproveitam de reservatórios de água que aparecem durante as temporadas de chuva.


Ora, se a tendência é que as temperaturas fiquem cada vez mais altas daqui em diante, isso representa uma grande oportunidade para que muitos vetores ganhem terreno e ajudem a espalhar ainda mais os agentes infecciosos.


"Hoje em dia, observamos a ocorrência de doenças típicas das regiões tropicais em áreas subtropicais. Já temos casos de chikungunya e febre do Oeste do Nilo no Sul da Europa e de dengue na Flórida, nos Estados Unidos", conta o virologista Anderson F. Brito, pesquisador científico do Instituto Todos pela Saúde (ITpS).


(...)


Conteúdo disponível na BBC Brasil (clique aqui)

Instituto Todos pela Saúde (ITpS) Av. Paulista, 1.938 – 16º andar
São Paulo - SP – 01310-942