Duas novas subvariantes da Ômicron, a BA.4 e a BA.5, vêm marcando a atual evolução da pandemia de covid-19 no mundo. Identificadas pela primeira vez na África do Sul no começo do ano, elas estão associadas a uma nova onda de infecções no país africano que atingiu seu pico em maio.
A BA.4 e a BA.5 também são associadas a uma nova onda em Portugal, onde mais de 90% dos casos se devem às duas novas subvariantes e houve alta do número de infecções e hospitalizações.
Diversos outros países europeus observam a BA.4 e a BA.5 ganhar terreno sobre as outras subvariantes. O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) prevê que elas em breve se tornarão as subvariantes dominantes na União Europeia e devem provocar o aumento do número de novos casos de covid-19 nas próximas semanas.
O Brasil também está no que pode ser o início de uma nova onda da pandemia, e desde o final de maio vem registrando alta na média de novos casos diários. Como na África do Sul e em Portugal, a BA.4 e a BA.5 pode estar por trás dessa tendência.
Uma análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) feita com dados da Dasa e DB Molecular e divulgada pelo jornal O Globo na sexta-feira (10/6) mostrou que a proporção de casos prováveis das duas novas subvariantes passou de 10,4% para 44% em quatro semanas.