Em 15 dias, a positividade para SARS-CoV-2 (covid-19) cresceu oito pontos percentuais e na semana de 3 a 9 de setembro atingiu 22,3%. A taxa é superior a 26% em todas as faixas etárias de 29 a 79 anos – a mais alta (29%) foi observada em pessoas de 39 a 49 anos. As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em dados de diagnósticos moleculares feitos pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin.
No monitoramento de 30 de agosto, o ITpS indicou que a taxa de positividade para covid-19 estava em 15,3%. Após a divulgação do dado, resultados de novos diagnósticos moleculares relativos à semana encerrada em 19 de agosto entraram na base do Instituto, e o percentual foi atualizado para 14,3%. Por isso, neste momento falamos em crescimento de oito pontos percentuais em 15 dias, e não sete. Reajuste são feitos sempre que novos dados chegam dos laboratórios parceiros de modo a tornar a análise mais precisa.
Nas unidades federativas analisadas, o Distrito Federal lidera, com 34% de positividade para covid-19. Em seguida estão Goiás (28%), Rio de Janeiro (24%), Minas Gerais (18%), e São Paulo e Paraná (ambos com 16%). Santa Catarina teve o maior aumento percentual em 15 dias, de 7% para 13%.
Desde o início da parceria com os laboratórios, em novembro de 2021, o ITpS já analisou 3.869.897 resultados de testes diagnósticos. No último ano – de 4 de setembro de 2022 a 9 de setembro deste ano, foram 1.246.231 testes.
O trabalho conjunto dos laboratórios com o Instituto reforça a importância da vigilância epidemiológica, e o aumento da positividade para covid-19 serve de alerta: o vírus SARS-CoV-2 continua circulando e a população deve estar com a vacinação em dia. Crianças e adolescentes até 18 anos têm de tomar três doses da vacina e adultos e idosos, quatro. Em caso de dúvidas, procure um posto de saúde.
O ITpS também analisou as taxas de positividade para outros vírus no período de 3 a 9 de setembro, e todas seguem em baixa. Para Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é de 4,2%, para Influenza A, de 1,8%, e para Influenza B, de 0%. Em relação às faixas etárias, o VSR se destaca em crianças de 0 a 4 anos (56% dos testes positivos) e de 4 a 9 anos (50%).
Os laboratórios realizam ainda exames de painel que detectam outro conjunto de vírus, de espectro amplo (Rinovírus, Enterovírus, Metapneumovírus, Vírus Parainfluenza, Bocavírus, Coronavírus sazonais e Adenovírus) e bactérias como Bordetella, Mycoplasma e Chlamydophila. Nesse painel, no mesmo período, a positividade para Rinovírus foi de 28%, para Adenovírus, 6%. Para os demais patógenos está abaixo de 5%.
O ITpS monitora a circulação de vírus respiratórios desde fevereiro de 2022 – este é o 23º relatório. Nos últimos meses, o ITpS aperfeiçoou os monitoramentos, incluindo novos parceiros, o que aumentou a cobertura geográfica e o volume amostral de testes analisados, e transformando os gráficos estáticos em interativos, de modo a incrementar a acessibilidade das informações produzidas.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
Os trabalhos foram iniciados com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. O ITpS tem como associada mantenedora a Fundação Itaú e como associados a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes: