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Comunicação
Fatores de risco para covid longa entre profissionais de saúde no Brasil
Artigos em revista científica

Fatores de risco para covid longa entre profissionais de saúde no Brasil

06.01.2023
O estudo Fatores de risco para covid longa entre profissionais de saúde no Brasil foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e do Hospital Israelita Albert Einstein. 

A iniciativa integra a rede de estudos populacionais sobre covid-19, estruturada pelo Instituto e nove grupos de pesquisa e coordenada pelo pesquisador científico Vanderson Sampaio. O artigo foi publicado em pré-print no medRxiv.

Assinam o estudo: Alexandre R. Marra, Vanderson Sampaio, Mina Cintho Ozahata, Rafael LP da Silva, Anderson Brito, Marcelo Bragatte, Jorge Kalil, Joao Luiz Miraglia, Daniel Tavares Malheiros, Yang Guozhang, Vanessa Damazio Teich, Elivane da Silva Victor, Joao RR Pinho, Adriana Cypriano, Laura Wanderly Vieira, Miria Polonio, Solange Miranda de Oliveira, Victoria CV Ricardo, Aline Miho Maezato, Callado Yano Callado, Guilherme PP Schettino, Ketti Gleyzer de Oliveira, Rubia AF Santana, Fernanda de Mello Malta, Deyvid Amgarten, Ana Laura Boechat, Takaaki Kobayashi, Eli Perencevich, Michael B. Edmond, Luiz Vicente Rizzo.


Resumo

Objetivos: Nosso objetivo foi determinar os fatores de risco para o desenvolvimento da doença prolongada por coronavírus (covid) em profissionais de saúde. Métodos: Realizamos um estudo de caso-controle entre profissionais de saúde com infecção confirmada por covid-19 que trabalhavam em um sistema de saúde brasileiro entre 1º de março de 2020 e 15 de julho de 2022. Os casos foram definidos como covid longa de acordo com definição dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, dos Estados Unidos). O grupo controle foi formado por profissionais de saúde que foram infectados pela covid-19, mas não desenvolveram a forma prolongada da doença. Resultados: Dos 7.051 profissionais de saúde diagnosticados com infecção por covid-19, 1.933 (27,4%) que desenvolveram a forma prolongada da doença foram comparados com 5.118 (72,6%) que não desenvolveram. A maioria das pessoas com covid longa (51,8%) apresentou três ou mais sintomas. Os fatores associados ao desenvolvimento de covid longa foram sexo feminino (OR 1,21 [IC95 1,05-1,39]), idade (OR 1,01 [IC95 1,00-1,02]) e duas ou mais infecções por covid-19 (1,27 [IC95 1,07-1,50]). Aqueles infectados com a variante Delta (OR 0,30 [IC95 0,17-0,50]) ou a variante Ômicron (OR 0,49 [IC95 0,30-0,78]) e aqueles que receberam quatro doses da vacina covid-19 antes da infecção (OR 0,05 [IC95 0,01- 0,19]) eram significativamente menos propensos a desenvolver a forma prolongada da doença. Conclusões: A covid longa pode ser prevalente entre os profissionais de saúde. Descobrimos que adquirir mais de uma infecção por covid-19 era um fator de risco importante para a forma prolongada da doença, enquanto a manutenção da imunidade por meio da vacinação era altamente protetora.


Instituto Todos pela Saúde (ITpS) Av. Paulista, 1.938 – 16º andar
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