Morador do Jardim Nordeste, quase na ponta da Zona Leste de São Paulo, Ranieri Rangon, de 34 anos, já teve Covid-19 "umas 4 ou 5 vezes" pelos seus cálculos. Professor da rede pública, ele pertence a uma categoria que foi uma das primeiras a voltar ao esquema presencial na pandemia.
O caso dele está entre os mais de 73 mil analisados por um estudo inédito do Hospital Israelita Brasileira Albert Einstein e do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e obtido com exclusividade pelo g1. A pesquisa constatou que a periferia da cidade concentra as maiores taxas de reinfecção da doença.
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O que diz o estudo
Segundo os pesquisadores, fatores como baixa renda, menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - indicador que considera renda, saúde e educação - , e maior presença de favelas estão diretamente associados às taxas mais elevadas de reinfecção.
Foram usados os resultados de diagnóstico confirmado de Covid em exames laboratoriais feitos no Einstein e nas 40 unidades de saúde geridas pelo hospital. Foi contabilizada como reinfecção quando o paciente teve de novo a doença em menos de 90 dias.
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Segundo Marcelo Bragatte, pesquisador científico do ITpS e um dos autores do estudo, compreender a dinâmica da reinfecção em uma cidade populosa como São Paulo é determinante para desenvolver políticas públicas de saúde eficazes.
Conteúdo completo disponível no site do G1 (clique aqui)