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Comunicação
Instituto Todos pela Saúde apoia organização da Rede Colaborativa de Vigilância Ampliada e Oportuna, a Revisa
Notícias do ITpS

Instituto Todos pela Saúde apoia organização da Rede Colaborativa de Vigilância Ampliada e Oportuna, a Revisa

16.02.2024

O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) está apoiando a criação de uma rede de centros de serviço de monitoramento e vigilância capaz de realizar atendimento clínico e suporte laboratorial para a detecção, em tempo oportuno, de doenças infecciosas agudas com potencial epidêmico. A Rede Colaborativa de Vigilância Ampliada e Oportuna (Revisa) - Centros Sentinelas terá um centro em cada região do país – o primeiro deles já está em funcionamento em Manaus (AM). O foco são as síndromes febris agudas e/ou exantemáticas (erupções cutâneas) e as síndromes respiratórias.


“O objetivo do projeto é criar e apoiar um modelo de rede de vigilância sindrômica com capacidade de detecção oportuna, que possa ser incorporada pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, diz o pesquisador Vanderson Sampaio, coordenador da Revisa no ITpS.


Em Manaus, duas unidades integram a rede sentinela – a da Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), na zona centro-sul, e a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Campos Sales, na zona norte –, que trabalham desde o início dos anos 2000 com o monitoramento de doenças. A iniciativa conta ainda com diversas instituições que compõem a rede, como a Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), órgão descentralizado da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Sesam); o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD), unidade da Fiocruz no estado; e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).


“Entender o motivo da febre é importante porque várias doenças se apresentam clinicamente de forma parecida. Ao determinar a causa e acompanhar o paciente, conseguiremos fazer alertas para as autoridades de saúde”, explica a infectologia Maria Paula Mourão, pesquisadora da FMT-HVD e líder do Núcleo de Investigação em Arboviroses, Roboviroses e Viroses Emergentes do Amazonas. Ela destaca a importância da vigilância laboratorial para definir a causa da doença e, consequentemente, apontar tendências.



Crédito das imagens: Joabi Rocha do Nascimento


O paciente que chega à unidade sentinela passa primeiro por uma avaliação da equipe médica e de enfermagem em que são observados sintomas, sinais vitais, eventuais lesões e gravidade do caso. Depois, tem o sangue coletado para realização de hemograma completo e PCR para as principais arboviroses. Quando o PCR dá negativo, é feita a sorologia, teste em que o soro do sangue é analisado. Se ainda não for possível determinar o patógeno, a amostra poderá ser submetida ao sequenciamento genômico.


Como na maioria das vezes as doenças febris agudas e/ou exantemáticas são autolimitadas, ou seja, são doenças menores que se resolvem quase sem intervenções, o paciente é monitorado pelo call center, por um período de seis meses. Mas, se houver necessidade, há o agendamento de retornos presenciais.


As unidades têm capacidade para atender por dia de 30 a 40 pessoas. Maria Paula afirma que, apesar de o número ser limitado, os pacientes vêm de diferentes regiões de Manaus, o que torna a amostra representativa da cidade. Além disso, as análises iniciais das duas unidades apontam para percentuais de positividade semelhantes para diferentes doenças.


“A parceria com o ITpS viabiliza a atividade do projeto, com recursos para insumo e profissionais. O resultado é importante para o país, pois pode ajudar, por exemplo, no planejamento da distribuição de vacinas como a de dengue e, futuramente, a de chikungunya”, afirma Maria Paula.


As amostras obtidas pela Revisa poderão compor biorrepositórios nos respectivos centros, de acordo com o interesse local. A próxima região a receber apoio do ITpS será o Sudeste, com implementação de um centro sentinela no Rio de Janeiro.


A atuação do ITpS


O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.


Os trabalhos foram iniciados com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. O ITpS tem como associada mantenedora a Fundação Itaú e como associados a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.


O ITpS atua em três frentes:



  • Fortalecimento de redes de vigilância epidemiológica – Ajudar a organizar, integrar, melhorar e manter redes para a obtenção de informações científicas relevantes à saúde pública e para cobrir lacunas relacionadas à baixa capacidade de sequenciamento genômico.

  • Análise de dados – Contribuir para promover análise e integração de bancos de dados para subsidiar políticas públicas baseadas em informações científicas.

  • Formação e informação – Desenvolver profissionais que atuem com vigilância epidemiológica, genômica e análise de dados ligados a doenças infecciosas; tornar públicas as informações científicas.

Instituto Todos pela Saúde (ITpS) Av. Paulista, 1.938 – 16º andar
São Paulo - SP – 01310-942