A subvariante BA.5 da Ômicron, que é mais transmissível que as anteriores e tem maior capacidade de provocar quadros de reinfecção, está presente em pelo menos 22 países e territórios das Américas e deve se tornar predominante nas próximas semanas, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quarta-feira.
Na semana passada, foram registradas nas Américas 1.562.967 infecções pelo Sars-CoV-2, vírus causador da covid-19, e 4.789 mortes. Os números apontam uma queda de 0,9% nos casos e de 3,5% nos óbitos em comparação com sete dias anteriores, detalhou a diretora da Opas, Carissa Etienne, em coletiva de imprensa.
Os novos diagnósticos caíram 4,5% na América do Norte e 5,2% na região do Caribe. No entanto, dispararam na América Central, com um aumento de 54,9%, e cresceram 2% na América do Sul.
— Uma proporção cada vez maior de casos está sendo causada pelas subvariantes da ômicron BA.4 e BA.5, e isso está gerando novas infecções em todo o continente — afirmou Carissa.
No Brasil, de acordo com o último levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com base na análise de mais de 150 mil testes PCR dos laboratórios da Dasa, DB Molecular e HLAGyn, os casos prováveis de BA.4 e BA.5 cresceram de 79,3% para 93,2% nas duas últimas semanas de junho.
O vírus "não conhece fronteiras", especialmente agora que foram retomadas as viagens internacionais, disse a representante da Opas. Porém, ela reforça que as vacinas "continuam sendo bastante eficazes" contra qualquer uma das subvariantes para prevenir casos graves e mortes.
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