Desde o anúncio do fim da emergência global da covid, em maio passado, as pessoas normalizaram o convívio com a doença, que continua a circular em todo o mundo. Infelizmente, com o relaxamento dos cuidados, novas janelas de oportunidade se abriram para as variantes do coronavírus avançarem. E uma nova onda se iniciou, de acordo com a Secretaria de Vigilância de Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde brasileiro.
Na última semana de agosto, o Instituto Todos pela Saúde já havia divulgado que dobrou o índice de testes positivos para covid-19 em laboratórios particulares em todo o Brasil. E Minas Gerais liderou, com 21,4% de casos confirmados da doença, bem acima da média nacional, que foi de 15,3%. Em 22 dias de agosto, a média de diagnósticos de covid foi de 209 por dia.
Um dos responsáveis por essa nova onda é a variante Éris, derivada da Ômicron. Identificada pela primeira vez em São Paulo, em uma paciente idosa, a variante tem grande capacidade de transmissão, mas não apresentou o mesmo potencial de dano à saúde que as variantes no auge da pandemia. Mesmo assim, a proliferação de casos tem impactos na disponibilidade de prestação de serviços de saúde bem como no absenteísmo de trabalhadores.
Um dos primeiros alertas dos profissionais de saúde é que reforçar o compromisso com a vacinação – meio comprovado de redução da gravidade dos casos de covid. Em Minas Gerais, 86,60% do público-alvo recebeu a primeira dose da vacina, mas somente 26,7% estão em dia até agora, com a segunda dose de reforço. Índice que é ainda mais baixo para as crianças, que têm apenas 4,61% protegidas com a segunda dose de reforço.
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