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Comunicação
Positividade de testes para SARS-CoV-2 atinge pico de 41% e cai para 33%, sinal de onda mais curta que as anteriores
Notícias do ITpS

Positividade de testes para SARS-CoV-2 atinge pico de 41% e cai para 33%, sinal de onda mais curta que as anteriores

02.12.2022

Após crescer por cinco semanas, a positividade de testes para SARS-CoV-2 atingiu pico de 41% na semana encerrada em 19 de novembro e passou a cair. Na semana finalizada em 26 de novembro, o percentual de testes positivos foi de 33%, um sinal de que a terceira onda da Ômicron deve ser menos aguda do que as anteriores. As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em 493.140 testes realizados pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular e HLAGyn, de 1º de fevereiro a 26 de novembro.



As ondas têm características diferentes. A primeira da Ômicron, iniciada em dezembro de 2022, teve dois meses e meio de duração e o pico se manteve por duas semanas. A segunda, a partir de abril, foi a mais longa: durou quatro meses e meio e teve uma semana de pico. Já a terceira onda, que começou em outubro, tem até agora um mês e meio, e pico também de uma semana.



O ITpS alerta que, apesar de aparentemente a terceira onda da Ômicron estar em queda, a taxa de positividade de 33% é elevada, o que indica alto contágio do vírus SARS-CoV-2. A recomendação é que a população esteja com a vacinação em dia (três, quatro ou cinco doses, dependendo da idade e da condição de saúde), use máscara especialmente em locais fechados e com pouca ventilação, higienize as mãos e faça o teste sempre que houver suspeita.


Em relação às faixas etárias, a positividade aumenta, em geral, conforme avança a idade. Na última semana avaliada, a taxa foi de 11% em crianças de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos. Depois, subiu para 23% na faixa 10 a 19 anos. Os percentuais mais elevados foram observados em pessoas de 50 a 59 anos e acima de 80 (47%), de 70 a 79 anos (46%) e de 60 a 69 anos (45%). Veja abaixo todos os percentuais e o comparativo com as semanas anteriores.



Quando observamos os estados com número adequado de testes para análise, a positividade está em queda em São Paulo (40% para 35%) e no Rio de Janeiro (45% para 36%), apresentou oscilação em Minas Gerais de (28% para 29%) e continua crescendo em Goiás (27% para 34%). É importante ressaltar que o Brasil, por ser um país imenso, tem diferentes dinâmicas da pandemia dentro de seu território. A positividade dos testes é um indicador das transmissões virais.



Os testes moleculares utilizados pelos laboratórios (RT-PCR e Flowchip) detectam múltiplos patógenos: além de SARS-CoV-2, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A e Influenza B.


Em novembro, a positividade para VSR caiu de 16% para 4%; e para Influenza A, de 10% para 2%.



O ITpS está monitorando a circulação dos vírus respiratórios utilizando dados dos laboratórios parceiros — este é o 17º relatório. O objetivo é fornecer para o poder público, a imprensa e a sociedade informações com agilidade, para ajudar na tomada de decisões de saúde. Paralelamente, o ITpS também realiza o acompanhamento das subvariantes da Ômicron em circulação no país. Os dois relatórios são divulgados normalmente de forma alternada e estão disponíveis na seção Pesquisas do site do ITpS: itps.org.br.


A atuação do ITpS


O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.


O ITpS iniciou os trabalhos com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. São parceiros institucionais a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP),  a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.


O ITpS atua em três frentes: 



  • Fortalecimento de redes de vigilância epidemiológica - Articular redes para a obtenção de informações científicas relevantes à saúde pública e cobrir lacunas relacionadas à baixa capacidade de sequenciamento genômico.

  • Análise de dados - Promover análise e integração de bancos de dados para influenciar políticas públicas baseadas em evidências científicas.

  • Formação e informação - Desenvolver profissionais que atuem com vigilância epidemiológica, genômica e análise de dados ligados a doenças infecciosas. Tornar públicos os dados científicos.


À frente do ITpS


Renomados pesquisadores, professores e gestores integram o conselho administrativo, o comitê científico e a direção do ITpS, que tem o imunologista Jorge Kalil como diretor-presidente. Professor titular de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP, Kalil é diretor do serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor). É membro do Conselho de Gestão de Dados e Segurança, grupo criado pelo governo dos Estados Unidos para supervisionar os testes de vacinas anti-covid-19 no país. Foi presidente do Incor (2006-2008) e diretor do Instituto Butantan (2011-2017).

Instituto Todos pela Saúde (ITpS) Av. Paulista, 1.938 – 16º andar
São Paulo - SP – 01310-942