A positividade de testes para SARS-CoV-2 oscilou um ponto percentual para baixo e está em 25%. Também há circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e de Influenza B, principalmente em crianças. Na região Sudeste do país, os três vírus estão com alta transmissão em relação ao ano passado. As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em dados de mais de 1,5 milhão de testes realizados pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, HLAGyn e Sabin desde dezembro de 2021.
Neste relatório, o ITpS analisa dados de testes moleculares (RT-PCR e Flowchip), que detectam SARS-CoV-2, VSR, Influenza A (FluA) e Influenza B (FluB). De 5 a 11 de março, além da positividade de 25% para SARS-CoV-2, foram registradas 18% para VSR, 6% para FluB e 1,6% para FluA.
A positividade para FluB e VSR continua em patamares elevados em relação ao histórico do ano anterior. FluB, que ficou praticamente todo 2022 abaixo de 1%, chegou a 8% e 6% nas duas primeiras semanas de março. VSR está com positividade média de 15% desde dezembro de 2022.
Nos dois casos, as crianças são as mais infectadas. Dos testes feitos na faixa etária de 0 a 4 anos que tiveram resultado positivo, 88% apontaram o VSR, e dos realizados no grupo de 4 a 9 anos, 84,6% indicaram FluB. Para efeito de comparação, entre idosos que receberam resultado positivo para um dos quatro patógenos, cerca de 70% identificaram SARS-CoV-2.
Em relação aos estados com dados suficientes para análise, Minas Gerais é o que registra a maior alta de positividade para covid-19: de 14% para 23%. O Rio de Janeiro, cuja taxa oscilou de 27% para 29%, tem o maior índice na região Sudeste. Por outro lado, houve queda no Distrito Federal, de 14% para 6%, e em São Paulo, de 33% para 28%, apesar de neste último a positividade continuar elevada.
Quando a análise da positividade é feita observando as idades, há uma diferença significativa que avança conforme a faixa etária: os percentuais mais baixos estão nos mais novos (5%, de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos) e os mais altos, a partir dos 50 anos (36% de 50 a 59 anos, 39% de 60 a 69 anos, 34% de 70 a 79 anos e 30% a partir de 80 anos).
O ITpS recomenda que todas as pessoas, independentemente da idade, sigam as recomendações em relação à vacinação e o cronograma vacinal do Ministério da Saúde.
O Instituto Todos pela Saúde está monitorando a circulação dos vírus respiratórios utilizando dados dos laboratórios parceiros — este é o 19º relatório. O objetivo é fornecer para o poder público, a imprensa e a sociedade informações com agilidade, para ajudar na tomada de decisões de saúde. Paralelamente, o ITpS também realiza o acompanhamento das variantes do SARS-CoV-2 no Brasil e no mundo. Os dois relatórios estão disponíveis na seção Pesquisas do site do ITpS: itps.org.br.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
O ITpS iniciou os trabalhos com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. São parceiros institucionais a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes: