Com queda de 15 pontos percentuais em um mês, a positividade para SARS-CoV-2 está em 6,7%, a mais baixa desde abril. Na semana encerrada no dia 9 daquele mês, a taxa chegou a 6,1% e depois voltou a subir. Observando por faixa etária, a variação vai de 1% (bebês e crianças de 0 a 4 anos) a 12% (idosos de 70 a 79 anos). As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com dados de 412.145 testes realizados pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular e HLAGyn entre 1º de fevereiro e 20 de agosto.
Com a ampla disseminação das subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron (na última semana elas foram identificadas em cerca de 98% das amostras positivas), a expectativa é de quedas sucessivas na positividade dos testes para SARS-CoV-2 nas próximas semanas.
De 13 a 20 deste mês, a positividade para SARS-CoV-2 se aproximou da dos demais patógenos respiratórios monitorados por meio de testes moleculares. Com pequeno aumento percentual de resultados positivos, Influenza A registrou 4,3% de positividade, Vírus Sincicial Respiratório VSR, 3,4%, e Influenza B, 0,3%. Apesar dos percentuais baixos de detecção, os vírus causadores de síndromes respiratórias continuam circulando. É importante prestar atenção aos sintomas característicos de infecções respiratórias, como febre, tosse, coriza e desconforto respiratório, especialmente em bebês, crianças pequenas e idosos.
O ITpS está monitorando a circulação dos vírus respiratórios utilizando dados dos laboratórios parceiros — este é o 13º relatório. O objetivo é fornecer para o poder público, a imprensa e a sociedade informações com agilidade, para ajudar na tomada de decisões de saúde. Paralelamente, o ITpS também realiza o acompanhamento das subvariantes da Ômicron em circulação no país. Os dois relatórios são divulgados em semanas alternadas e estão disponíveis do site do ITpS: itps.org.br.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que ajudem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
O ITpS iniciou os trabalhos com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. São parceiros institucionais a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes:
À frente do ITpS
Renomados pesquisadores, professores e gestores integram o conselho administrativo, o comitê científico e a direção do ITpS, que tem o imunologista Jorge Kalil como diretor-presidente. Professor titular de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP, Kalil é diretor do serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor). É membro do Conselho de Gestão de Dados e Segurança, grupo criado pelo governo dos Estados Unidos para supervisionar os testes de vacinas anti-covid-19 no país. Foi presidente do Incor (2006-2008) e diretor do Instituto Butantan (2011-2017).