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Comunicação
Estadão: SUS fica estagnado mesmo com pandemia e aporte bilionário
Na mídia

Estadão: SUS fica estagnado mesmo com pandemia e aporte bilionário

17.05.2022

Adriana Ferraz


A covid-19 expôs como nunca a dependência do brasileiro ao Sistema Único de Saúde. Aproximadamente 75% da população, ou 150 milhões de pessoas, é atendida, hoje, exclusivamente pelo SUS. Em 2020, a aprovação no Congresso do “orçamento de guerra” possibilitou incremento inédito de R$ 38 bilhões ao sistema, acompanhado de um esforço financeiro de Estados e municípios. Mas, passados mais de dois anos desse gasto recorde, o SUS permanece praticamente do mesmo tamanho. Os desafios e as demandas, porém, só crescem.


(...)


Presidente do Instituto Todos pela Saúde, Jorge Kalil destacou que, para cumprir seu papel, o SUS precisa não só atender, mas planejar os atendimentos. “Assim como o zika, a pandemia nos deixará casos crônicos. Sabemos que há muitas questões neuropsiquiátricas que vão trazer sequelas a longo prazo. Outras dizem respeito a complicações respiratórias e ainda cardiológicas, como aumento de enfartes”, disse o imunologista, em referência à covid longa.


Essas novas demandas se juntam a outras que ficaram suspensas durante a pandemia em muitas cidades cujas redes de saúde não foram suficientes para atender a urgência da covid-19 e, ao mesmo tempo, as necessidade de procedimentos eletivos, como cirurgias não emergenciais ou consultas com médicos especialistas.


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A análise dos dados estruturais do SUS entre 2019 e 2021 mostra que o principal resultado proporcionado por causa da pandemia se deu na rede de leitos de UTI. Ao fim do ano passado, o total de leitos públicos de terapia intensiva era cerca de duas vezes maior do que o registrado em 2019.


O desafio, agora, é manter os leitos abertos, com equipamentos e equipes suficientes para administrá-los. “Sem dúvida que quando fazemos as coisas de afogadilho, sem nenhum tipo de planejamento, e simplesmente gerenciamos a crise, não temos a qualidade de gestão esperada. Agora, não tenha dúvida de que esse aumento nos deixou com outra capacidade de atendimento em UTIs”, disse Kalil.


Conteúdo disponível para assinantes do Estadão (clique aqui)


Foto: Hospital de campanha montado no autódromo de Brasília. Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil. Data: 21/4/2021

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