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O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) realiza desde janeiro de 2022 o monitoramento de patógenos respiratórios em circulação no Brasil. Para isso, o ITpS coleta, integra e analisa semanalmente resultados de testes diagnósticos feitos pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin e Target.
Desde o início da parceria já foram analisados mais de 5 milhões de resultados. A seguir, o gráfico aponta a quantidade de exames realizados por região do país, pelos laboratórios parceiros.
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O gráfico abaixo apresenta o número de diagnósticos (positivos e negativos) para diferentes patógenos respiratórios – dado que reflete principalmente a demanda por exames de pessoas com sintomas respiratórios – e também a positividade (percentual de resultados positivos em relação ao total de testes realizados). A positividade tem se mostrado um indicador estratégico e oportuno para identificar o início de surtos causados por esses patógenos.
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Neste gráfico, as linhas ascendentes indicam o início de surtos pelo país. Os picos de positividade coincidem com períodos de maior incidência das infecções causadas pelos patógenos. Já as linhas com tendência decrescente indicam o arrefecimento dos surtos.
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Para fins de comparação entre os principais vírus respiratórios circulantes, os próximos três gráficos consideram somente resultados positivos de painéis virais, ou seja, exames que conseguem detectar simultaneamente os vírus SARS-CoV-2, Influenza A, Influenza B e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Abaixo, é possível verificar os números absolutos de exames positivos por Semana Epidemiológica (SE), padrão em que o domingo marca o início da semana e o sábado, o fim (calendário do SINAN). Essa visualização permite identificar quando ocorreram os picos de casos por patógenos. Interaja com o gráfico clicando sobre os retângulos coloridos na legenda para incluir ou remover dados de vírus específicos:
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A seguir, os percentuais dos exames positivos permitem mensurar a frequência e proporção de casos causados por cada vírus circulante por SE.
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Usando apenas exames de painel viral para os quatro principais vírus respiratórios, observa-se abaixo como a frequência deles variou ao longo do tempo nas diferentes faixas etárias.
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Ainda não há um padrão sazonal de ocorrência de surtos de covid-19 no Brasil. O gráfico abaixo evidencia as curvas de positividade para o SARS-CoV-2 com os principais eventos de surtos desde 2022.
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Para todos os gráficos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) foram utilizadas duas fontes de dados: os exames dos laboratórios parceiros e os dados de casos de Srag do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), disponíveis no OpenDataSUS.
-------17_SC2_line_posrate_bar_pos_direct_week_country_sivep-------
Com base em mais de três anos de análises, é possível afirmar que a positividade antecipa, em algumas semanas, futuros aumentos de casos graves pelo país.
A seguir, o gráfico mostra a taxa de positividade para covid-19 nas diferentes faixas etárias. Observa-se que em janeiro/2022 (SE encerrada em 15/1/2022) os casos eram registrados em pessoas de todas as idades, porém, no decorrer do tempo, pessoas com mais de 30 anos foram as mais acometidas.
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Abaixo há um recorte da positividade para SARS-CoV-2 em algumas Unidades Federativas (UFs) nas semanas epidemiológicas recentes. É possível observar uma mudança na forma como os casos se espalham. No início de 2022, o vírus estava disseminado em quase todas as UFs de forma mais sincronizada, porém, desde 2023, os surtos têm ocorrido de maneira mais localizada e pouco sincronizada.
-------03_SC2_heat_posrate_week_state-------
Até 2019, as infecções por Influenza A e outros vírus respiratórios no Brasil se concentravam principalmente no inverno, entre junho e setembro, como mostram os dados históricos da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). No entanto, com o isolamento imposto pela pandemia de covid-19, esse padrão se modificou.
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Entre 2022 e 2024 foram registrados ao menos quatro períodos de surtos de Influenza A, sendo que o maior desses episódios ocorreu em setembro de 2022 (SE38, encerrada em 24/9/2022).
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Em relação à Influenza A, as faixas etárias mais acometidas são as de 5 a 9 anos e de 10 a 19 anos, com um surto intenso no período de agosto a outubro de 2022.O segundo surto ocorreu entre meados de dezembro de 2023 e junho de 2024.
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O Influenza B tem circulado de forma contínua nos últimos anos, ainda que com baixa positividade em alguns períodos (<1%). No entanto, entre maio e setembro de 2024 (SE 21, encerrada em 25/5/2024, e SE 39, encerrada em 28/9/2024), o percentual de exames positivos aumentou de 0,5% para 21% – o maior dos últimos três anos.
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Nos últimos anos, o vírus do tipo B, assim como o Influenza A, causou surtos em períodos incomuns, como no verão de 2023 e na primavera de 2024. Esses desvios de sazonalidade têm levado a uma maior imprevisibilidade de surtos, fato que torna o cenário epidemiológico mais desafiador para o planejamento das campanhas de vacinação.
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É possível observar, a partir da SE 27 (encerrada em 6/7/2024), como foi o aumento repentino da positividade e, por consequência, dos casos graves de Influenza B. Nos últimos surtos de 2024, a positividade foi mais alta nas faixas etárias de 5 a 19 anos, com auge entre a SE 36 (encerrada em 7/9/2024) e a SE 41 (encerrada em 12/10/2024). Nesse período, a faixa etária de 10 a 19 anos foi a mais afetada pela doença.
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O VSR foi o único vírus respiratório analisado pelo ITpS que apresentou dinâmica mais sazonal, porém destoando do padrão comum visto até 2019, quando os casos ocorriam principalmente ao longo do inverno (de junho a agosto).
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O gráfico a seguir mostra a positividade para o VSR em comparação aos casos graves (Srag) causados pelo mesmo vírus. As curvas de ambas as variáveis seguiram tendências muito similares, sendo que a positividade cresceu de forma antecipada em relação aos aumentos visíveis de Srag.
-------18_VSR_line_posrate_bar_pos_direct_week_country_sivep-------
Além dos vírus citados acima, alguns exames que o ITpS analisa detectam simultaneamente um outro conjunto de vírus nas amostras: Rinovírus, Enterovírus, Metapneumovírus, Vírus Parainfluenza, Bocavírus, Coronavírus sazonais e Adenovírus, além de bactérias como Bordetella, Mycoplasma e Chlamydophila. A seguir estão as taxas de positividade desses patógenos identificados por exames de painel de amplo espectro:
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Esses testes, menos frequentes, são avaliados de forma isolada para uma melhor comparação. Como muitos desses patógenos afetam crianças, os painéis amplos são frequentemente mais solicitados para o grupo de 0 a 4 anos.
O gráfico abaixo apresenta os números absolutos de testes positivos para outros patógenos:
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A seguir vemos a frequência de circulação de cada um dos patógenos detectados pelos painéis. Nota-se que o Rinovírus mantém-se presente em alta frequência durante todos os períodos dos anos.
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Atenção aos sintomas respiratórios. SARS-CoV-2, Influenza A e VSR afetam a saúde dos mais vulneráveis e neste momento estão entre os vírus respiratórios de maior prevalência. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), com mais de meio século de sucesso, disponibiliza vacinas que reduzem as chances de casos graves e hospitalizações por covid-19 e gripe. Vacine-se!
O ITpS agradece aos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hermes Pardini, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin e Target, que, semanalmente, nos forneceram dados de exames diagnósticos (RT-PCR, Flow Chip e antígeno) para a compreensão do atual cenário epidemiológico.