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Monitoramento da Ômicron - relatório 1

DATA DE PUBLICAÇÃO: 23.12.2021

Em parceria com os laboratórios parceiros DB Molecular e HLAGyn, um total de 5.407 amostras foi testada entre 1/12 e 18/12/21 e analisadas pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS). Dessas, 190 foram positivas, sendo 9% (17) casos suspeitos da Ômicron, pois apresentam a deleção característica da variante (69/70, no gene S).  



Os dados que apresentamos aqui são preliminares e foram obtidos por meio de testes RT-PCR especial, disponíveis principalmente na rede privada. Portanto, apesar dos vieses inerentes, a crescente detecção de casos suspeitos de Ômicron nos serve de referência no momento.


A Ômicron possui diversas mutações e deleções (remoções de fragmentos de genes). Uma deleção em particular afeta os códons 69 e 70 do gene S (na linhagem Ômicron BA.1). Alguns testes RT-PCR falham na detecção da região deletada, e é assim que podemos sugerir que há Ômicron presente na amostra.



Por ser a Ômicron uma variante muito transmissível e com grande potencial de escape imunológico, o teste RT-PCR especial é muito útil para detectar casos suspeitos da variante: uma estratégia de menor custo, se comparado ao sequenciamento.


Dados de testes RT-PCR, no entanto, apenas nos dão indícios de que a Ômicron está presente nas amostras. Neste momento de incertezas, o sequenciamento genético ainda é essencial, em especial tendo em vista que a deleção 69/70 do gene S também é observada em outras variantes.


A Ômicron se dissemina muito rapidamente nos locais onde é introduzida, em especial naqueles em que as medidas de controle da transmissão viral não são suficientemente adotadas. Nesse sentido, monitorar a possível disseminação da variante em território nacional é fundamental.


Os dados que apresentamos aqui (n = 190) foram coletados em 62 municípios, de 15 estados brasileiros. Casos suspeitos de Ômicron (SGTF) foram detectados em seis municípios de quatro estados: Cambuí e Pouso Alegre (MG); São Paulo e Bragança Paulista (SP); Sinop (MT) e Aparecida de Goiás (GO).



Considerando os casos suspeitos de Ômicron, os padrões de rápida disseminação observados em outros países e a atual epidemia de gripe, recomendamos cautela neste período de festas de fim de ano. Máscaras, higiene das mãos e distanciamento social nos ajudam contra a Ômicron e o vírus da gripe.


O ITpS agradece aos laboratórios privados de diagnóstico DB Molecular e HLAGyn, que gentilmente disponibilizaram dados de testagem (SGTF) para nos ajudar a ter uma visão mais apurada do cenário atual.

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