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Monitoramento da Ômicron - relatório 24

DATA DE PUBLICAÇÃO: 07.04.2023

Análises do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostram predomínio do perfil SGTP relativo às subvariantes Ômicron XBB. Entre 1/5/22 a 1/4/23 foram analisados dados de 655.650 testes feitos por Dasa, DB Molecular, HLAGyn e Sabin, com queda na positividade geral de 20% para 16% na última semana.



Entre os meses de fevereiro e março, observamos a primeira onda de casos de covid-19 em 2023. Nesse período, tivemos aumento de casos em diferentes faixas etárias, no entanto, com  proporções menores que em 2022.


O intervalo entre a última onda de 2022 e a primeira de 2023 foi de poucas semanas, sem atingir positividades abaixo de 10% entre os adultos. A magnitude da onda mais recente foi menor (sem positividades acima de 40%) e a duração do período de alta positividade (>30%), mais curto (quatro semanas). 


A tendência de queda na positividade de testes foi observada em todas as faixas etárias na última semana, com reduções de 1 a 6 pontos percentuais. As faixas etárias com maiores positividades foram as entre 50 e 80 anos.



Genomas das subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron não têm os códons 69 e 70 do gene S. A falta desse fragmento faz com que testes RT-PCR Thermo Fisher falhem na detecção desse gene (SGTF, S gene target failure), porém outros são detectados (ORF1ab e N), garantindo o diagnóstico.


Genomas da subvariante BA.2 da Ômicron como a XBB, por outro lado, apresentam os códons 69 e 70 do gene S intactos, o que leva à sua detecção (perfil SGTP, S gene target positive). Dessa forma, podemos avaliar a frequência da XBB (SGTP), bem como da BA.4/5 e BQ.1 (SGTF).


A Ômicron BA.2, que predominou no Brasil até o início de junho de 2022, havia sido a última variante com perfil SGTP a circular no Brasil. A XBB é uma variante recombinante que teve origem na junção de duas sublinhagens da BA.2, mais especificamente a BA.2.10 e a BA.2.75.

Monitorando a proporção de casos com perfil SGTP podemos acompanhar o avanço das Ômicron XBB e sublinhagens, responsáveis pelo recente aumento do número de casos de covid-19 em muitos países. Os testes RT-PCR Thermo Fisher seguem sendo úteis para diferenciar as variantes.


A taxa de positividade entre o total de testes realizados caiu de 26% para 16% no último mês. O número de municípios com casos prováveis de Ômicron XBB e suas sublinhagens (pontos pretos nos mapas), subiu de 113 para 180, e hoje a XBB está presente em pelo menos 19 estados.



As taxas de positividade geral ao longo das semanas de março foram de 25% (4/3), 23% (11/3), 22% (18/3), 20% (25/3) e 16% (01/04), uma clara tendência de queda na proporção de casos positivos entre nossos dados analisados, que em sua maioria derivam do Sudeste do país.


Com base em resultados de RT-PCR (TaqPath), o perfil SGTP, indicativo das variantes BA.2, como a XBB (em cinza), segue com maior frequência (82% na última semana). Já a frequência dos casos prováveis das subvariantes derivadas da BA.4/5 (em verde) é hoje de 18%.



Entre janeiro e março de 2023, tivemos uma mudança no perfil das variantes circulantes do SARS-CoV-2. Variantes derivadas da BA.5, como a BQ.1, caíram bastante em frequência diante do avanço da recombinante Ômicron XBB.



Na população amostral disponível, a Ômicron XBB e sublinhagens seguem como as principais causadoras de novos casos de covid-19 no Brasil. A dominância da XBB levou cerca de dois meses para se consolidar, e sua frequência ficou entre 93% e 96% ao longo de março.


Vale ressaltar que, em nosso relatório 19 de patógenos respiratórios, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Influenza B (FluB) apresentavam positividade acima da média dos últimos meses. Observamos atualmente um cenário em que  vários vírus respiratórios circulam concomitantemente.


Neste período de alta transmissão viral é essencial que os mais vulneráveis estejam em alerta. O Ministério da Saúde lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, enfatizando a importância do reforço e regime vacinal completo para enfrentar variantes e reduzir impactos à saúde.


O ITpS agradece aos laboratórios parceiros de diagnóstico Dasa, DB Molecular, HLAGyn e Sabin, que gentilmente disponibilizaram dados de testagem para nos ajudar a ter uma visão mais apurada do cenário atual.

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