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Monitoramento de patógenos respiratórios - relatório 22

DATA DE PUBLICAÇÃO: 30.08.2023

Taxa de positividade de covid-19 apresenta tendência de aumento – o percentual passou de 7% para 15,3% em um mês. As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com dados de 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14/8/22 e 19/8/23 por Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.


1. Expansão dos monitoramentos do ITpS


Dedicamos os últimos meses ao aperfeiçoamento dos nossos monitoramentos. O principal avanço foi a inclusão de novos laboratórios parceiros – Hilab, Fleury e HIAE –, o que aumentou a cobertura geográfica e o volume amostral de testes analisados.


Outra melhoria foi a inclusão de gráficos interativos nos relatórios. Esse recurso melhora a acessibilidade das informações geradas a partir dos dados compartilhados pelos sete laboratórios parceiros.


Desde o início da parceria com os laboratórios, em novembro de 2021, o ITpS já analisou 3.402.135 resultados de testes diagnósticos. Dos testes para vírus respiratórios realizados entre 13 e 19/8/23, 8,4% deram resultados positivos (em vermelho, última coluna).





As taxas de positividade seguem baixas para Influenza A (1,4%), Influenza B (1,2%) e VSR (3,1%). Para SARS-CoV-2, o percentual de resultados positivos está em tendência de crescimento nas últimas 5 semanas, chegando a 15,3%. Monitorar esses aumentos semanalmente pode nos antecipar a indicação da ocorrência de surtos.





Para fins de comparação entre os principais patógenos respiratórios circulantes, os dois próximos gráficos consideram somente resultados de painéis virais, que detectam simultaneamente o seguinte conjunto de vírus nas amostras: SARS-CoV-2, Influenza A, Influenza B e VSR.


Entre 13 e 19/8 (última coluna do gráfico), dos testes positivos para um dos quatro principais vírus respiratórios, 63% revelaram infecções por SARS-CoV-2 (covid-19); 12%, por Influenza A; 2%, por Influenza B; e 23%, por Vírus Sincicial Respiratório.





Na última semana, a maioria dos testes positivos nas faixas entre 0 e 4 anos (64%) e entre 4 e 9 anos (57%) apontaram VSR. Já em idosos (60+), SARS-CoV-2 e VSR  foram os principais patógenos detectados.





3. Cenário epidemiológico de outros patógenos respiratórios


Além dos vírus citados acima, alguns testes que analisamos detectam simultaneamente um outro conjunto de vírus nas amostras – Rinovírus, Enterovírus, Metapneumovírus, Vírus Parainfluenza, Bocavírus, Coronavírus sazonais e Adenovírus –, além de bactérias como BordetellaMycoplasma e Chlamydophila.


De 13 a 19/8, entre os patógenos respiratórios detectados por testes de painel de amplo espectro, 32% revelaram infecções por Rinovírus. Os demais patógenos estão com percentuais abaixo de 5%, com exceção dos coronavírus sazonais, que no último mês chegaram a mais de 14%.





Tais testes são menos utilizados e, para fins de comparação, são avaliados separadamente. Abaixo, temos a positividade de testes para outros patógenos. A constante alta positividade para Rinovírus nos últimos meses (sempre entre 12% e 39%).





Como muitos desses patógenos afetam crianças, painéis de testes mais amplos são de duas a três vezes mais usados para a faixa etária de 0 a 4 anos. Nesse público, na última semana, observamos alta prevalência de Rinovírus, assim como o VSR, como citado na seção 2 .





4. Taxas de positividade de testes para covid-19


Seguimos acompanhando a positividade de testes para covid-19. Na última semana, todas as unidades federativas acompanhadas tiveram aumento na positividade de covid-19.



Os estados de Goiás (20,4%) e Minas Gerais (21,4%) apresentaram as maiores altas, seguidos por Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%). O maior crescimento de positivos no mês de agosto foi em GO, de 8% para 20%.
 





Nas últimas semanas, a positividade de testes para covid-19 vem aumentando. As faixas etárias a partir de 10 anos estão com percentuais maiores que 14%. A faixa etária de 49 a 59 anos tem o maior percentual (21,4%), seguida dos +80, cuja positividade dobrou na última semana, atingindo 20,9%.





Os aumentos de positividade registrados servem de alerta que os vírus seguem circulando e causando reinfecções, o que pode desencadear covid longa. Sigamos vigilantes e com as vacinas atualizadas para reduzirmos os casos graves e as hospitalizações.



O ITpS agradece aos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin, que gentilmente disponibilizaram dados de diagnósticos moleculares (RT-PCR, Flow Chip e antígeno) para compreendermos o cenário epidemiológico dos patógenos.

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