Em queda nos últimos dois meses, as taxas de positividade para os quatro principais vírus respiratórios estão abaixo de 11%. A maior é a de Influenza A, que está em 10,5% – neste ano, o pico foi de 17,2%, em 6 de maio. Em seguida aparece o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), com 8,8%. O percentual mais elevado em 2023 foi 23,4%, em 15 de abril. A positividade do SARS-CoV-2 é de 5,5% (pico de 24,1% em 25 de fevereiro) e de Influenza B, 2,5% (pico de 12,2% em 4 de março). As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin.
O ITpS monitora a circulação de vírus respiratórios desde fevereiro de 2022 – este é o 21º relatório (clique aqui para conferi-lo na íntegra). Nesta edição, os dados dos laboratórios Hilab, Fleury e Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) passam a integrar as análises, aumentando a amostragem e a cobertura geográfica. Agora, os dados vêm de todos os estados brasileiros. Outra mudança é que os relatórios ganharam gráficos interativos, disponíveis na seção Pesquisa no site do Instituto.
Por fim, o ITpS também passa a analisar, além de SARS-CoV-2, Influenza A e B e VSR, um outro conjunto de resultados que inclui Rinovírus, Enterovírus, Metapneumovírus, Vírus Parainfluenza, Bocavírus, Coronavírus sazonais, Adenovírus e bactérias como Bordetella, Mycoplasma e Chlamydophila. Como tais testes são menos utilizados, eles são avaliados separadamente.
Os dados mostram, por exemplo, alta positividade para Rinovírus (>20%) nos últimos meses. Na última semana (de 18 a 24 de junho), entre os patógenos respiratórios detectados por testes de painel de amplo espectro, 56% revelaram infecções por rinovírus, 19% apontaram coronavírus sazonais, e os demais patógenos estavam presentes em cerca de 25% das amostras positivas.
Paralelamente ao monitoramento de patógenos respiratórios, o ITpS realiza, desde dezembro de 2021, a análise de dados dos laboratórios parceiros referentes ao SARS-CoV-2 e suas variantes. Desde o início da parceria, o Instituto já utilizou 2.842.556 resultados de testes diagnósticos. O objetivo é fornecer para o poder público, a imprensa e a sociedade informações com agilidade para ajudar na tomada de decisões de saúde.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
O ITpS iniciou os trabalhos com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. São associados a Fundação Itaú, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes: