A positividade de testes para SARS-CoV-2 caiu dez pontos percentuais em um mês e chegou a 16% na semana entre 26 de março e 1º de abril, sinalizando no Sudeste o fim da primeira onda de covid-19 do ano. No primeiro trimestre de 2023, o perfil das subvariantes em circulação mudou, com crescimento da XBB até 96%, seguido por queda – ela agora é identificada em 82% das amostras positivas. A análise é do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em 655.650 testes realizados pelos laboratórios privados Dasa, DB Molecular, HLAGyn e Sabin, entre 1º de maio de 2022 e 1º de abril de 2023.
Nos locais com quantidade suficiente de testes para análise, as quedas mais expressivas da positividade na última semana foram observadas no Rio de Janeiro (29% para 20%), em São Paulo (27% para 19%) e em Mato Grosso (15% para 4%).
Em relação à faixa etária, a positividade na última semana caiu de 1 a 6 pontos percentuais em todos os grupos. A taxa é menor entre os mais novos (3% de 0 a 4 anos e 4% de 5 a 9 anos) e maior entre os mais velhos (24% de 50 a 69 anos). Veja os percentuais no quadro abaixo.
O ITpS recomenda que a população esteja atenta ao calendário vacinal de covid-19 e procure os postos de saúde para a imunização com as doses de reforço. O Ministério da Saúde colocou nas ruas o Movimento Nacional pela Vacinação e iniciou a aplicação da vacina bivalente na população mais vulnerável: idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Subvariantes
Depois de substituir a BQ.1 - variante que predominou no fim de 2022 -, a XBB chegou a frequências que variaram de 93% a 96% em março, caindo agora para 82%. As duas são subvariantes de perfil SGTP (S gene target positive), e atualmente a XBB está presente em pelo menos 19 estados brasileiros. Nas 18% das amostras positivas restantes foram identificadas subvariantes com o perfil SGTF (S gene target failure), como BA.4 ou BA.5.
O Instituto Todos pela Saúde monitora a chegada e a disseminação da Ômicron no Brasil desde dezembro de 2021 — este é o 24º relatório —, em parceria com os laboratórios privados. O objetivo é fornecer para o poder público, a imprensa e a sociedade informações com agilidade para ajudar na tomada de decisões de saúde. Paralelamente, o ITpS também realiza o monitoramento da circulação de vírus respiratórios no país. Os dois relatórios são divulgados alternadamente.
Na seção Pesquisas do site do Instituto Todos pela Saúde estão todos os relatórios já divulgados.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que ajudem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias. O ITpS iniciou os trabalhos com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador.
São parceiros institucionais a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes:
