Com dados de 928.607 testes realizados por Dasa, DB Molecular, HLAGyn e Sabin, entre 1/2/22 e 4/2/23, análises do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostram que no início do ano de 2023 estamos com 18% de positividade para VSR e 15% para covid-19, ambos com tendência de aumento.
Os testes utilizados (RT-PCR e Flowchip) detectam Influenza A/B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e SARS-CoV-2. O aumento sistemático de casos positivos, como na covid-19, deve ser considerado para tomada de decisões individuais e de saúde pública.
Nos meses de dezembro e janeiro, tivemos detecção de Influenza B entre os patógenos avaliados, registro raro em nossos relatórios. O que preocupa nas últimas duas semanas é a alta nos casos de VSR, presente em 68,2% dos testes positivos no período.
As taxas de positividade no início do ano de 2023 para SARS-CoV-2 foram: 24% (até 7/1), 17% (14/1), 14% (21/1), 13% (28/11) e 15% (até 4/2). Isso acompanha a baixa de casos de covid-19, porém as taxas de positividade para SARS-CoV-2 seguem em patamares elevados.
As taxas de positividades para VSR, que começaram a cair após o surto do final de ano, voltaram a subir: 16% (até 7/1), 6% (14/1), 7% (21/1), 15% (28/11) e 18% (até 4/2). Nas últimas semanas, Influenza B atingiu 4% de positividade, patamar incomum nos últimos 12 meses.
Crianças entre 0 e 4 anos continuam sendo as principais atingidas pelo recente surto de VSR. Nessa faixa, nas últimas quatro semanas, 87,5% dos diagnósticos positivos indicaram esse vírus. O aumento de casos de Influenza B, bastante atípico, afeta principalmente pessoas abaixo de 40 anos.
Apesar da queda recente, a positividade para covid-19 apresentou leve alta na semana encerrada em 4/2. O aumento é observado em praticamente todas as faixas etárias e entre 50 a 80 anos está acima de 20%. Será preciso acompanhar as próximas semanas para confirmar a alta.
Neste início de 2023, nos estados monitorados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, destacamos a subida da positividade para covid-19 no RJ (de 10% para 16%). Já a positividade em SP, MG, GO e DF não ficou abaixo de 10% nem mesmo no momento de menor número de casos.
Dados obtidos por parceiros do laboratório Dasa detectaram aumento da frequência da variante recombinante XBB, citada no relatório #10 de variantes produzido pelo ITpS.
O número de casos confirmados reforça a importância de estarmos com as vacinas atualizadas, utilizando máscara e higienizando as mãos. É importante atenção neste período de carnaval, em especial ao circular em ambientes com aglomeração, como o transporte público.
O ITpS agradece aos laboratórios parceiros DB Molecular, HLAGyn, Dasa e Sabin, que gentilmente disponibilizaram dados de testagem (RT-PCR e Flow Chip) para nos ajudar a ter uma visão mais apurada do cenário atual das epidemias de patógenos respiratórios.
