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Monitoramento de patógenos respiratórios - relatório 32

DATA DE PUBLICAÇÃO: 14.06.2024

Após período de queda na positividade, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Influenza A mantêm-se como os mais frequentes em circulação entre os quatro vírus respiratórios de maior importância em saúde pública. Exames para ambos têm hoje positividade de aproximadamente 15%.


As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com dados de 922.927 diagnósticos moleculares feitos entre 10/6/23 e 8/6/24 por Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.


Desde dezembro de 2021, o ITpS já analisou 4.690.811 milhões de resultados de exames diagnósticos de laboratórios parceiros. Na última semana epidemiológica (SE 23, encerrada em 8/6/24), apenas 8% dos exames foram positivos para algum vírus respiratório (linha amarela).


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1. Cenário epidemiológico dos vírus respiratórios de importância em saúde pública (VRISP)


O ano de 2024 iniciou com positividade de 19,6% para SARS-CoV-2  (SE 1), alcançando em fevereiro (SE 6) o maior patamar, 35,3%. A positividade para esse vírus teve queda desde então, chegando a 1,7% na SE 21 (encerrada em 25/5


Após a acentuada queda, observamos um pequeno aumento na positividade na última semana (SE 23, encerrada em 8/6), indo de 1,7% para 3%. Como mostram nossos dados históricos, aumentos de positividade após uma forte queda tendem a sinalizar antecipadamente o início de novos surtos pelo país.


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Os exames para o vírus Influenza A tiveram um crescimento progressivo da positividade de janeiro (SE 1) a abril (SE 13), passando de 10% para 27%. Desde esse elevado patamar, a positividade segue em queda, chegando a 14,8% na SE 23.


A positividade para VSR apresentou comportamento semelhante nos meses iniciais de 2024. O ápice da positividade ocorreu no início de abril (SE 14), 18%, e foi seguido por queda. Na última semana (SE 23), a positividade dos exames para VSR atingiu 15,8%, após pequeno aumento.


Exames para Influenza B mostram que o vírus segue em circulação, com positividades abaixo de 1,5% até a última semana (SE 23), o que reflete a baixa frequência em 2024.


Para fins de comparação entre os principais patógenos respiratórios circulantes, os dois próximos gráficos consideram somente resultados de painéis virais, exames que detectam simultaneamente o seguinte conjunto de vírus nas amostras: SARS-CoV-2, Influenza A, Influenza B e VSR.


Na última semana (SE 23), entre os exames positivos em painéis que detectam os quatro principais vírus respiratórios, houve predominância do VSR (53%), seguido por Influenza A (38%), SARS-CoV-2 (covid-19,  6%) e Influenza B (3%).


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Na semana terminada em 8/6/24 (SE 23), 80% dos testes positivos apontavam Influenza A nas faixas etárias entre 20 a 39 anos. O vírus SARS-CoV-2 segue circulando, tendo maior frequência nas idades a partir de 40 anos, com frequência acima de 25%. O VSR predomina entre 0 a 4 anos, tendo frequência de aproximadamente 56% na última semana epidemiológica.


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2. Cenário epidemiológico de outros patógenos respiratórios


Além dos vírus citados, alguns testes detectam simultaneamente um outro conjunto de vírus nas amostras – Rinovírus, Enterovírus, Metapneumovírus, Vírus Parainfluenza, Bocavírus, Coronavírus sazonais e Adenovírus –, além de bactérias como Bordetella, Mycoplasma e Chlamydophila.


Entre 2 e 8/6 (SE 23), dentre os patógenos respiratórios identificados por testes de painel, as maiores positividades registradas são: Rinovírus (35%), Bactérias como Bordetella, Mycoplasma ou Chlamydophila (11%), Vírus Parainfluenza (5%) e Metapneumovírus (4%).


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Esses testes, menos frequentes, são avaliados isoladamente para comparação aos demais. Entre os resultados positivos nestes amplos painéis virais, fica evidenciado o aumento no número de casos de rinovírus de fevereiro a junho.


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Como muitos desses patógenos afetam crianças, esses painéis amplos são de duas a três vezes mais usados na faixa etária de 0 a 4 anos. Nesse grupo, na última semana, além do Influenza A, já citado, observamos principalmente Rinovírus, Vírus Parainfluenza e coronavírus sazonais.


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3. Positividade de testes por estados e faixas etárias


A positividade dos exames para SARS-CoV-2 segue em patamares baixos (<5%) na maioria das faixas etárias. Embora a positividade esteja estabilizada, temos observado aumentos graduais na proporção de exames positivos. Na última semana, as faixas etárias 60-69 e 80+ apresentaram percentuais de positividade acima de 5%.


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Após grandes números de casos de Influenza A entre fevereiro e abril, observamos nas últimas semanas uma diminuição na positividade em todas as faixas etárias, embora ainda em patamares elevados (>15%) entre jovens e adultos. Caso apresente sintomas, lembre-se de usar máscara em ambientes públicos.


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SARS-CoV-2, Influenza A e VSR seguem circulando e podem infectar os suscetíveis. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), com mais de meio século de sucesso, nos dá segurança para vacinar e diminuir as chances de casos graves e hospitalizações por doenças imunopreveníveis.


O ITpS agradece aos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hosp. Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin, que gentilmente nos forneceram dados de diagnósticos moleculares (RT-PCR, Flow Chip e antígeno) para compreendermos o atual cenário epidemiológico.

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