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Monitoramento de patógenos respiratórios - relatório 37

DATA DE PUBLICAÇÃO: 29.11.2024

Os vírus Influenza B, SARS-CoV-2 e Rinovírus são os patógenos respiratórios predominantes há sete semanas. No cenário geral, SARS-CoV-2 e Influenza A seguem em um patamar estabilizado, enquanto a positividade do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) está baixa desde agosto.


As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com dados de 1.048.433 diagnósticos moleculares feitos entre 25/11/23 e 23/11/24 pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin e Target.


Desde dezembro de 2021, o ITpS já analisou 5.151.551 milhões de resultados de exames de laboratórios parceiros que detectam patógenos respiratórios. Na última semana epidemiológica (SE 47, encerrada em 23/11), 8% dos exames foram positivos para algum patógeno respiratório (veja linha amarela abaixo).

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1. Cenário epidemiológico dos vírus respiratórios de importância em saúde pública (VRISP)


Em 2024, a positividade para SARS-CoV-2 esteve em patamar elevado, marcando 35% em fevereiro (SE 6). Depois, houve declínio contínuo, chegando a 2% em maio (SE 21) – o percentual mais baixo na série histórica desde 2022 neste universo amostral.


Após a queda acentuada, observou-se um aumento gradual da positividade, alcançando 25% na SE 34 (encerrada em 24/8/2024). Porém, o percentual voltou a cair, chegando a 9% na última semana epidemiológica (SE 47), reflexo do arrefecimento dos surtos observados nos últimos meses.

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O Influenza B tem circulado de forma contínua nos últimos anos, ainda que com baixa positividade em alguns períodos (<1%). No entanto, desde maio de 2024 (SE 21), o percentual aumentou de 0,5% para 21% (SE 39), o maior dos últimos 12 meses. Na última semana (SE 47), a positividade apresentou queda de dois pontos percentuais, chegando a 9%.


Já a positividade para o vírus Influenza A teve um crescimento progressivo de dezembro (SE 48, encerrada em 2/12/23) a abril (SE 13, encerrada em 13/4/24), passando de 2% para 27%. Desde então, o percentual está em queda, chegando a 4% na SE 47.


A positividade para VSR apresentou comportamento semelhante à do Influenza A nos meses iniciais de 2024. O ápice em 2024, 18%, ocorreu no início de abril (SE 14) e foi seguido por queda. Nas últimas quatro semanas (SE 44-47), o percentual de exames positivos para VSR subiu de 0,4% para 1,8%. O ITpS recomenda atenção para possíveis novos aumentos nas próximas semanas.


Para fins de comparação entre os principais patógenos respiratórios circulantes, os quatro próximos gráficos consideram somente resultados de painéis virais, exames capazes de detectar simultaneamente os vírus SARS-CoV-2, Influenza A, Influenza B e VSR.


O aumento da circulação do Influenza A e do VSR ocorreu concomitantemente no primeiro semestre. O gráfico mostra o crescimento gradual dos exames positivos até o final de abril, seguido de declínio abrupto. Hoje há um padrão semelhante de cocirculação, porém envolvendo SARS-CoV-2 e Influenza B.

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Na última semana analisada (SE 47), entre os exames positivos em painéis que detectam os quatro principais vírus respiratórios, houve predominância de SARS-CoV-2 (36%) e Influenza B (34%), seguidos por Influenza A (17%) e VSR (13%).

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Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o Influenza B está mais frequente na população entre 5 a 19 anos e o VSR, nos menores de 4 anos. Em contrapartida, o SARS-CoV-2 acomete mais a população acima de 50 anos e o Influenza A encontra-se distribuído em todas as faixas etárias. 

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Na última semana analisada (SE 47), considerando a faixa etária de 5 a 19 anos, o Influenza B foi o vírus mais frequente (entre 73 % a 82%). Nas faixas de 0 a 4 anos, o VSR foi detectado em 41% das infecções. Na faixa etária de 70 a 79 anos, o SARS-CoV-2 mostrou-se o mais frequente (92%).

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2. Cenário epidemiológico de outros patógenos respiratórios


Além dos quatro patógenos citados, alguns testes detectam simultaneamente um outro conjunto de vírus nas amostras – Rinovírus, Enterovírus, Metapneumovírus, Vírus Parainfluenza, Bocavírus, Coronavírus sazonais e Adenovírus –, além de bactérias dos gêneros Bordetella, Mycoplasma e Chlamydophila.


Entre 17 e 23/11, dentre os patógenos respiratórios identificados nesse tipo de exame mais amplo, as maiores positividades foram registradas para os vírus: Rinovírus (28%), Metapneumovírus (12%), Parainfluenza (9%), bactérias dos gêneros Bordetella, Mycoplasma e Chlamydophila (com 9%), além de coronavírus sazonais (6%).

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Menos frequentes, esses exames também detectam os quatro principais vírus citados na seção 1, também apresentados aqui em caráter comparativo de frequência. Nas últimas três semanas epidemiológicas (9/11 a 23/11) houve diminuição no número de infecções por Rinovírus, Influenza B e SARS-CoV-2.

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O Rinovírus esteve presente em pelo menos 32% dos exames realizados na semana encerrada em 23/11. Com frequências menores encontram-se: Metapneumovírus (14%), Adenovírus (10%); Parainfluenza (10%), bactérias (10%) e coronavírus sazonais (7%).

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Como muitos desses patógenos impactam a saúde de crianças, esses exames de painel amplo são de duas a três vezes mais usados na faixa etária de 0 a 4 anos. Por essa razão, observa-se aí uma concentração maior de exames positivos.

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Na última semana analisada (SE 41), exames de painel mais amplos dão um panorama mais preciso do que circula entre crianças de 0 a 4 anos. Nessa faixa etária, nas últimas semanas, houve predominância de infecções por Rinovírus (38%), Adenovírus (18%), Metapneumovírus (15%) e Coronavírus sazonais (8%).

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3. Positividade de testes por faixas etárias


A positividade para SARS-CoV-2 encontra-se baixa (veja a transição do azul claro para os tons de azul mais escuros). Na última semana epidemiológica (SE 47), resultados de exames feitos em indivíduos acima de 50 anos ainda tiveram positividade acima de 15%.

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Já para Influenza A, após aumento no número de casos entre fevereiro e abril deste ano, houve nas últimas semanas uma diminuição da positividade em todas as faixas etárias. O percentual de positividade para Influenza A variou entre as faixas etárias de 2 a 7% na última semana.

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Ficou evidente o aumento repentino do Influenza B, principalmente nas faixas etárias de 5 a 19 anos, a partir da SE 27 (06/07/2024). A intensidade tornou-se maior entre a SE 36 (07/09/2024) e a SE 41 (12/10/2024). Nesse período, a faixa etária de 10 a 19 anos atingiu positividade de 44%, seguido de redução – na última semana (SE 47), a taxa foi de 18%.

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4. Distribuição geográfica dos exames positivos para SARS-CoV-2 (covid-19)


Abaixo há um recorte geográfico das positividades para SARS-CoV-2 em algumas unidades federativas. Minas Gerais (22%), Santa Catarina (21%) e Rio de Janeiro (17%) foram as unidades da federação com os maiores percentuais na última semana epidemiológica (SE 47).

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5. Mensagens finais


SARS-CoV-2 e Influenza B afetam a saúde dos mais suscetíveis e neste momento estão entre os vírus respiratórios de maior prevalência. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), com mais de meio século de sucesso, disponibiliza vacinas que reduzem as chances de casos graves e hospitalizações causadas por esses vírus. Vacine-se.


O ITpS agradece aos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin e Target, que, semanalmente, nos forneceram dados de exames diagnósticos (RT-PCR, Flow Chip e antígeno) para a compreensão do atual cenário epidemiológico.


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