O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) analisou dados de 588.129 testes realizados por Dasa, DB Molecular e HLAGyn, entre 19/12/21 e 16/4/22, para diagnóstico de infecções causadas por SARS-CoV-2, Influenza A/B ou Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Esses são dados de testagem molecular que identificam regiões específicas de genomas virais. Tais dados provêm principalmente de testes realizados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste (~94%). Nas últimas três semanas, a positividade de testes para múltiplos patógenos se manteve baixa.
Na última semana (10 a 16/4), entre os testes positivos, ~95,8% revelaram infecções por SARS-CoV-2 (covid-19), enquanto o VSR respondeu por 4,2% das infecções. Entre os 9.611 testes realizados na semana não foram reportados casos de Influenza A ou B.
A positividade para SARS-CoV-2 vem subindo nas últimas quatro semanas, mantendo-se acima de 6% nas últimas duas semanas (de 3/4 a 16/4) e chegando a 8,4% na semana a partir do dia 10. Em maior proporção, a positividade para VSR segue subindo, atingindo 20,5% na semana 15 (até 16/4).
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) causa resfriados comuns em todas as faixas etárias e pode gerar infecções graves em crianças e idosos. Na semana 15 (até 16/4), infecções por VSR foram observadas especialmente em crianças (0-9 anos), sendo 47,8% delas nessa faixa etária.
Estamos avaliando também a positividade de testes para covid-19 em alguns estados e por faixa etária. Os dados abaixo (semanais) mostram o cenário desde o final de dezembro passado. A positividade tem subido e está acima de 5% em estados do Sudeste (SP, RJ e MG).
A positividade de testes em São Paulo e Rio de Janeiro chegou próxima aos 9% na última semana. Leves aumentos de positividade têm sido observados nos outros estados, que podem seguir a mesma tendência do Sudeste.
Nas últimas duas semanas, por faixa etária, a positividade dos testes de covid-19 atingiu patamares acima de 7% na maioria dos grupos. Entre jovens (10-19 anos), adultos e idosos (50-79 anos), a positividade está acima de 10%.
Dados de vigilância genômica e testagem molecular apontam que a maioria dos casos de covid-19 no Brasil são hoje causados pela Ômicron BA.2, que atingiu prevalência de ~70% até 9/4 e é responsável pelo atual aumento da positividade para covid-19 (clique aqui para ler).
O ITpS agradece aos laboratórios privados DB Molecular, HLAGyn e Dasa, que gentilmente disponibilizaram dados de testagem (RT-PCR e Flow Chip) para nos ajudar a ter uma visão mais apurada do cenário atual das epidemias de patógenos respiratórios.