A positividade para o SARS-CoV-2 – vírus que causa a covid-19 – caiu de 23% para 9,5% em apenas um mês (entre as semanas epidemiológicas 7 e 11, encerradas, respectivamente, em 15 de fevereiro e 15 de março). O percentual é ainda mais baixo do registrado no mesmo período de 2024, quando estava em 15%. As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com dados de diagnósticos moleculares feitos pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hermes Pardini, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin e Target.
A positividade dos testes de covid-19 apresenta queda em todas as regiões do país e faixas etárias. Entre as unidades federativas com dados suficientes para análise individual, os maiores percentuais são observados no Distrito Federal (16%), Goiás (12%) e Minas Gerais (8%). Em relação às faixas etárias, as infecções pelo SARS-CoV-2 na última semana epidemiológica afetaram pessoas de todas as idades, com mais detecções na população a partir de 50 anos.
"Sempre que uma nova linhagem do vírus surge em algum ponto do planeta e apresenta mutações que a tornam mais transmissível ou capaz de evadir nosso sistema imune, vemos aumentos de casos em diferentes países", afirmou Anderson Brito, coordenador científico do ITpS.
O pesquisador explicou que essas novas variantes, no entanto, se disseminam por um tempo limitado. "Após semanas em circulação, não encontram mais pessoas suscetíveis para continuar gerando novas infecções – seja porque já infectaram um número suficiente de indivíduos a ponto de adquirirem a imunidade necessária, seja porque as pessoas ainda não infectadas apresentam altos níveis de proteção contra o vírus devido à vacinação."
Durante o último mês, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o Influenza A passaram por oscilações distintas, mas, na última semana, ambos apresentaram positividade na faixa de 10%.
O ITpS recomenda que a população se vacine contra a covid-19 e tome todas as doses indicadas conforme idade e condição de saúde. Grupos prioritários, como grávidas, puérperas e idosos, entre outros, também podem receber, no Sistema Único de Saúde (SUS), imunizante contra a gripe. A partir de abril, a vacina ficará disponível aos grupos prioritários em todas as unidades de saúde durante o ano inteiro.
Para conhecer a situação da circulação de outros importantes vírus respiratórios, acesse o histórico de surtos de patógenos respiratórios do ITpS.
E para saber mais sobre os monitoramentos de patógenos realizados pelo Instituto em parceria com laboratórios parceiros, em tempo oportuno, clique aqui.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
Os trabalhos foram iniciados com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. O ITpS tem como associada mantenedora a Fundação Itaú e como associados a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes: