Com dados de 458.514 testes realizados por Dasa, DB Molecular e HLAGyn entre 1/2 e 15/10/22, análises do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostram que, entre os resultados positivos para vírus respiratórios, Influenza A foi responsável por mais de 56% dos casos entre 18/9 e 15/10.
Os testes moleculares utilizados (RT-PCR e Flowchip) detectam Influenza A/B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e SARS-CoV-2, e a positividade é um indicador das transmissões virais. O pequeno número absoluto de testes revela a baixa procura por testes.
Ao analisarmos os testes para os quatro patógenos respiratórios na semana de 9 a 15/10, entre os casos positivos, 62,6% foram infecções por Influenza A, 26,5% revelaram Vírus Sincicial Respiratório e 10,5%, SARS-CoV-2.
Considerando as taxas de positividade em 2022, como indicado no relatório #14, estamos passando por um aumento de casos de Influenza A em setembro/outubro. A magnitude não é a mesma do surto de dezembro/janeiro, mas requer atenção e cuidado neste período de relaxamento frente à covid.
As taxas de positividades para Influenza A nas últimas semanas foram respectivamente 23% (17/9), 34%, 29%, 29% e 20% (15/10). Valores acima de 20% foram detectados somente no início de 2022, quando tivemos surto de gripe. As demais positividades na última semana são: VSR (8,8%), SARS-CoV-2 (2,2%) e Influenza B (~0%).
O VSR apresentou aumento de 2% para 8%, causando infecções respiratórias especialmente em crianças na faixa etária de 0 a 4 anos. Atenção redobrada com VSR e Influenza A nas faixas abaixo dos 19 anos: os sintomas característicos são febre, tosse, coriza e desconforto respiratório.
Os mais atingidos pela Influenza A no início de 2022 foram menores de idade e idosos. Crianças e adolescentes são sentinelas para doenças respiratórias. Faixas entre 5 e 19 anos são as mais atingidas por influenza A e menores de 4 anos, por VSR.
De 10/9 a 15/10, a positividade dos testes para covid-19 para todas as faixas etárias permaneceu abaixo de 7%, com as faixas com mais de 50 anos apresentando percentuais acima de 4%. Especificamente, indivíduos entre 60 a 69 anos e 80+ apresentam a maior positividade, sinalizando gradual aumento de casos.
Quanto à positividade para covid-19 nos estados monitorados, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, observa-se percentuais abaixo de 4%. Estamos no vale de positividade baixa (azul), mas é importante prestar atenção para possíveis aumentos de casos nas próximas semanas.
Dados de testagem molecular do relatório #21 da Ômicron, produzido pelo ITpS, apontaram flutuação entre perfis SGTF e SGTP, ou seja, sublinhagens da Ômicron continuam circulando e disputando os suscetíveis.
O ITpS agradece aos laboratórios privados DB Molecular, HLAGyn e Dasa, que gentilmente disponibilizaram dados de testagem (RT-PCR e Flow Chip) para nos ajudar a ter uma visão mais apurada do cenário atual das epidemias de patógenos respiratórios.