A positividade para covid-19 atingiu pico de 41% na semana encerrada em 19/11 e inverteu a curva, caindo para 33% na semana finalizada em 26/11. A tendência sinaliza que esta onda será menos aguda que as anteriores. O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) analisou 493.140 testes realizados por Dasa, DB Molecular e HLAGyn entre 1/2 e 26/11/22.

Os testes moleculares utilizados (RT-PCR e Flowchip) detectam Influenza A/B (FLU A/B), Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e SARS-CoV-2, e a positividade é um indicador das transmissões virais. O aumento de casos confirmados (vermelho) reforça a importância de estarmos com as vacinas atualizadas.

As taxas de positividade em novembro para SARS-CoV-2 foram: 23% (5/11), 32% (12/11), 41% (19/11) e 33% (26/11). Cada onda de covid-19 tem linhagens específicas como principais causadores, por isso devemos nos manter atentos nas próximas semanas.

No intervalo de dois meses, passamos por surtos de diferentes patógenos respiratórios, como apontado nos relatórios 14, 15 e 16. Importante termos em mente que quando nos protegemos da covid-19, com máscara e higiene das mãos, também estamos nos protegendo da Influenza A e do VSR.

As taxas de positividades para Influenza A e SARS-CoV-2 mostram a dinâmica dos patógenos respiratórios. Em novembro, a positividade para VSR caiu de 16% para 4%; para Influenza A, de 10% para 2%; e para covid-19 aumentou de 23% para 33%, apresentando um pico de 41% na semana que fechou no dia 19.

Crianças e adolescentes são sentinelas para doenças respiratórias, e as faixas entre 5 e 19 anos  continuam sendo as mais atingidas por Influenza A. Entre o aumento de casos de Influenza A em outubro e de covid-19 em novembro, tivemos um surto silencioso de VSR em menores de 4 anos.

VSR segue afetando crianças nos últimos dois meses e apresenta queda percentual na segunda quinzena de novembro. Percentuais de positividade de VSR: 15,6% (5/11), 11,9% (12/11), 2,9% (19/11) e 3,5% (26/11).

A positividade dos testes para covid-19 aumentou em todas as faixas etárias até a semana que acabou em 19/11, registrando as maiores taxa na terceira onda de 2022. As faixas etárias a partir de 50 anos seguem necessitando de maior atenção, com percentuais entre 42% a 52% nas últimas três semanas.

Nos estados monitorados, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, nas semanas de 12 a 26/11, destacamos: a subida de casos em GO (16% para 34%), RJ, que flutuou entre 36% e 45%, e SP, entre 35% a 40%. Maiores positividades no Sudeste na semana 19/11.

Dados de testagem molecular do relatório #22 da Ômicron, produzido pelo ITpS, sinalizaram a terceira onda de covid em 2022.

O ITpS agradece aos laboratórios privados DB Molecular, HLAGyn e Dasa, que gentilmente disponibilizaram dados de testagem (RT-PCR e Flow Chip) para nos ajudar a ter uma visão mais apurada do cenário atual das epidemias de patógenos respiratórios.