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Monitoramento de patógenos respiratórios - relatório 38

DATA DE PUBLICAÇÃO: 28.01.2025

O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) apresenta abaixo o relatório anual, com a análise detalhada das tendências e mudanças nas infecções por patógenos respiratórios observadas entre 2022 e 2024, com base nos dados fornecidos pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin e Target.


Desde o início da parceria, já foram analisados mais de 5,2 milhões de resultados de exames diagnósticos, sendo 800 mil em 2022, 117 mil em 2023 e 126 mil em 2024. As análises desses dados viabilizaram 37 relatórios de monitoramento.


O gráfico abaixo mostra o número de testes positivos e negativos e também o percentual de positividade por semana epidemiológica. A positividade tem se demonstrado um indicador estratégico e oportuno para identificar o início de surtos causados por esses patógenos.


-------08_Resp_line_bar_posrate_posneg_week_country-------


1. Análises comparativas da epidemiologia de vírus respiratórios circulantes entre 2022 e 2024


Até 2019, infecções pelos quatro principais vírus respiratórios no Brasil se concentravam principalmente no inverno, entre junho e setembro, como mostram os dados históricos da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). No entanto, com o isolamento imposto pela pandemia de covid-19, esse padrão se modificou nos últimos três anos.


As análises comparativas no período, com foco nos principais vírus respiratórios, apontam mudanças nos padrões de positividade, sazonalidade e tendências para SARS-CoV-2, Influenza A, Influenza B e Vírus Sincicial Respiratório.


1.1 Dinâmica do SARS-CoV-2 (o vírus da covid-19)


As positividades para SARS-CoV-2 mostram que em 2022 ocorreram três picos, nos meses de janeiro, junho e novembro, com o maior percentual atingindo o patamar de 52% durante os surtos da variante Ômicron BA.1 logo no início do ano.


Em 2023, os picos do SARS-CoV-2 ocorreram em fevereiro na Semana Epidemiológica 6 (SE 6), com 23% de positividade, e outubro (SE 41), com 32%. Já em 2024, o percentual também foi maior em fevereiro (SE 7), alcançando 35%, e a segunda alta em agosto (SE 34), com 25% de diagnósticos positivos.


-------22vs24 - SARS-CoV-2 Line - Positividade-------


As análises do ITpS com base em dados dos laboratórios parceiros apontam que nos últimos anos não houve um padrão sazonal de ocorrência de surtos de covid-19 no Brasil, ou seja, a doença não tem se concentrado em períodos específicos dos anos.


Para o gráfico a seguir, foram utilizadas duas fontes de dados: os laboratórios parceiros e os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) registrados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e disponibilizados publicamente no OpenDataSUS. Os resultados possibilitam uma análise comparativa das curvas de positividade.


O gráfico mostra como as tendências de aumento e diminuição de positividade e de casos apresentam a mesma dinâmica, evidenciando a confiabilidade das análises feitas pelo ITpS nos últimos anos, além da qualidade dos dados fornecidos pelos laboratórios parceiros.


-------SIVEP and SARS-CoV-2 - Positivos-------


Ao analisar detalhadamente, é possível notar que a curva de positividade é mais sensível aos aumentos abruptos do que ao número absoluto de casos por Srag, ou seja, o aumento antecede os surtos. Dessa forma, o percentual de casos positivos demonstra ser um indicador de resposta em tempo oportuno.


Em 2022 houve intensa circulação do SARS-CoV-2 (cores verdes escuras) nos estados brasileiros, com forte elevação das taxas de positividade e disseminação principalmente no primeiro trimestre. Já em 2023 e 2024, o vírus circulou, sobretudo, nos primeiros e nos últimos meses, com redução no meio do ano.