Política de Estado e centro para o enfrentamento de emergência em saúde pública
O ITpS colabora com o Brasil para o desenvolvimento de uma política de Estado voltada ao enfrentamento de emergências em saúde pública e a constituição de uma estrutura para implementá-la. A proposta busca estabelecer uma estrutura sólida e permanente que integre vigilância, resposta rápida e coordenação entre os diferentes níveis do Sistema Único de Saúde (SUS).
Rede de Vigilância em Saúde Ampliada
O ITpS articula uma rede nacional de centros voltados à vigilância de doenças infecciosas com potencial epidêmico, unindo atendimento clínico, exames laboratoriais e capacidade de detecção genômica. A rede funciona de forma colaborativa, com compartilhamento de protocolos, dados e amostras, promovendo diagnósticos mais rápidos e consistentes. O ITpS também padroniza os instrumentos de coleta e, quando necessário, apoia a logística de transporte de amostras, garantindo integração e resposta coordenada a diferentes cenários de saúde pública.
Criação de uma rede de centros de serviços de monitoramento e vigilância para detecção de doenças infecciosas agudas com potencial epidêmico.
Parceiros: Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
O ITpS apoia e colabora com a execução de um conjunto de projetos de vigilância na interface de saúde humana, animal e ambiental (abordagem Uma Só Saúde), que inclui a sensibilização de diversos atores para prevenção, preparação, vigilância e resposta de eventos de importância em saúde pública.
Vigilância comunitária de vírus com potencial zoonótico em comunidades indígenas na Amazônia brasileira
Validar a implementação de um plano de vigilância de patógenos circulantes no contexto epidemiológico e geográfico das populações indígenas na região da tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia na Amazônia Brasileira, utilizando a abordagem de Uma Só Saúde e aproveitando a estrutura da rede de saúde. O destaque é o fortalecimento da vigilância local com participação comunitária.
Parceiros: Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Feevale e Duke University
Biorrepositório Nacional da Biodiversidade
Viabilizar e promover a adesão de repositórios/coleções locais e colaboradores brasileiros ao Bionabio e, também, atuar para transformar o biorrepositório em ferramenta central na vigilância de patógenos emergentes na fauna brasileira.
Parceiros: Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (VPS-FMVZ-USP), Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e Goá Data.
O ITpS colabora com o desenvolvimento de ações nacionais de fortalecimento para preparação, monitoramento, resposta e recuperação a emergências em saúde.
Apoiar a rede nacional de laboratórios de saúde pública para aprimorar as capacidades e processos de trabalho de vigilância laboratorial para detecção de agentes com potencial epidêmico.
Parceiros: Organização Panamericana da Saúde (Opas) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
Colaborar com o desenvolvimento de planos de contingência para síndromes respiratórias e identificar os elementos essenciais e como articulá-los entre vigilância e assistência. Desse esforço nasceu o projeto Vigiares, que utiliza a estrutura da oficina Mosaico, criada pela Organização Mundial da Saúde, para orientar estados na construção de planos integrados.
Parceiros: Organização Panamericana da Saúde (Opas) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
Apoiar o desenvolvimento e implantação da mineração de dados assistenciais em unidades de urgência e emergência e integrar os dados nas abordagens de vigilância como uma ferramenta para detecção rápida de surtos e doenças de potencial epidêmico e pandêmico.
Parceiros: Organização Panamericana da Saúde (Opas)
Auxiliar a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLab) no desenvolvimento e na implementação da interoperabilidade entre os resultados de exames do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) e a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), visando a melhoria do acesso aos resultados de exames pelos cidadãos e profissionais de saúde, de forma a fortalecer o cuidado e a gestão de saúde baseada em evidências.
Rede de Análise de Dados Integrados para Monitoramento de Doenças Infecciosas
O ITpS trabalha com laboratórios parceiros desde 2021 para monitorar infecções virais e bacterianas em tempo oportuno. O trabalho resulta em dados qualificados sobre vírus respiratórios (SARS-CoV-2, Influenza A e B e VSR, entre outros) e arbovírus (dengue e chikungunya) que orientam decisões em saúde pública, especialmente durante surtos. As análises são traduzidas em gráficos e painéis interativos, que mostram a evolução dos casos por tempo, região e faixa etária, contribuindo para uma visão estratégica dos cenários epidemiológicos.
Parceiros: Laboratórios Fleury, Hilab, Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin, DB Molecular, HLAGyn, Target, Hermes Pardini e Abramed
Genômica para Vigilância Oportuna de Patógenos
Produzir e disponibilizar, de forma ágil e contínua, informações genéticas e genômicas de patógenos com potencial epidêmico, a partir do sequenciamento de amostras coletadas em diferentes regiões do Brasil. O foco é fortalecer a vigilância epidemiológica, permitindo respostas mais rápidas e fundamentadas frente a surtos e emergências de saúde pública.
O ITpS desenvolveu uma ferramenta, oferecida em módulos, para identificar oportunamente sinais de eventos epidemiológicos, monitorando de forma contínua dados das redes de urgência e emergência e da atenção primária da saúde. São analisados indicadores como os níveis de ocupação de estabelecimentos e informações oriundas de um modelo inovador de vigilância sindrômica, que utiliza campos de texto livre e palavras-chave para detectar padrões de sintomas. Esses dados são organizados em um sistema semafórico de sinalização de anomalias, que adota como visualizações os pilares de pessoa, tempo e lugar. O ITpS aplica algoritmos para detectar anomalias e antecipar riscos, produzindo relatórios que apoiam decisões estratégicas e tornam mais ágil a resposta em saúde pública.
Parceiros: Organização Panamericana da Saúde (Opas), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador, Secretaria de Saúde do Ceará, Secretaria de Saúde de Curitiba, Secretaria de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Universidade Municipal de São Caetano do Sul
Identificar precocemente sinais de surto com base no aumento de atendimentos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e drogarias, de modo a atuar como uma espécie de sentinela digital do SUS. Com dados em tempo real e inteligência artificial, o sistema detecta padrões inesperados e oferece evidências rápidas para apoiar decisões na linha de frente da saúde pública.
Parceiros: Organização Panamericana da Saúde (Opas) e Secretarias de Saúde de Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador e São Caetano do Sul (SP)
Desenvolver e implementar um algoritmo baseado em modelos de linguagem (LLMs) para acelerar a detecção de surtos e epidemias no Brasil, a partir da análise automatizada de dados clínicos não estruturados gerados em unidades de atenção primária, urgência e emergência.
Amplia a capacidade de vigilância ao explorar campos de texto livre dos prontuários eletrônicos. Por meio de algoritmos que reconhecem palavras-chave e expressões ligadas a sintomas, o sistema identifica padrões que podem identificar oportunamente sinais de eventos epidemiológicos. Essa abordagem permite captar informações que não aparecem nos formulários tradicionais, transformando dados clínicos dispersos em evidências qualificadas e úteis para gestores e profissionais de saúde.
Ferramenta que organiza dados epidemiológicos de forma consolidada e padronizada, explorando diferentes modelos de nowcasting e forecasting para gerar projeções de até quatro semanas. A partir de contagens de casos, taxas de positividade e dados populacionais, calcula indicadores como incidência e Rt (número de reprodução efetivo), permitindo acompanhar tendências e antecipar eventos epidemiológicos.
Sistema Integrador de Análises e Preparação para Surtos e Epidemias
O ITpS desenvolve um sistema que consolida dados de saúde pública, abrangendo informações de saúde humana, animal e ambiental até o nível municipal, com o objetivo de centralizar dados estruturados de plataformas públicas e privadas, integrando processos tecnológicos de maneira eficiente.
O ITpS promove a realização de cursos para ajudar o Brasil a melhorar a capacitação e atualização de profissionais em saúde pública de forma a cobrir lacunas na área de vigilância. Todos são gratuitos, a distância e autoinstrucionais.
Parceiro: Johnson&Johnson
Formação inicial com 45 horas/aula e outros seis cursos de aprofundamento, com 15 horas/aula cada um. Os alunos aprendem a gerenciar as diversas bases de dados oficiais de saúde, produzir análises e visualizações de dados de interesse para a vigilância, automatizar a produção de relatórios de rotina dos serviços da área, construir diagramas de controle para monitoramento e indicadores espaciais simples para vigilância de doenças e agravos à saúde e unir bancos de dados oficiais, entre outros.
Parceiros: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnaSUS) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formação com 45 horas. Os alunos aprendem a identificar os principais componentes de um plano de contingência, reconhecer o planejamento como ferramenta, mobilizar grupos e instituições para a construção de um plano de contingência, entender a utilidade das ferramentas de comunicação e elaborar um plano de contingência, entre outros.
Parceiros: Fiocruz Brasília, Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnaSUS) e Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
Ao longo das 45 horas de duração, os alunos se apropriarão dos principais termos utilizados na área, compreenderão a importância de se investigar surtos e epidemias, conhecerão os dez passos da investigação, entenderão particularidades relacionadas às doenças respiratórias (covid-19 e outras) e exantemáticas (leptospirose, toxoplasmose e hepatite A).
Parceiros: Fiocruz, Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnaSUS), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Formação inicial com 48 horas/aula. Fará com que os alunos compreendam as bases conceituais e metodológicas requeridas para a investigação laboratorial diagnóstica e de vigilância em saúde, reconheçam as indicações e limitações das técnicas laboratoriais e das ferramentas de bioinformática aplicadas à vigilância molecular de patógenos emergentes, assimilem os fluxos de trabalho, critérios de qualidade e etapas analíticas necessárias para a realização da testagem diagnóstica, triagem amostral e realização de vigilância genômica, incluindo sequenciamento de nova geração, em situações de emergência em saúde pública. Também permite que os profissionais estejam capacitados para avaliação crítica de resultados e para elaboração de relatórios técnicos de vigilância genômica.
Parceiros: Fiocruz Brasília, Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnaSUS) e Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
O ITpS desenvolveu um buscador de cursos, que é atualizado periodicamente, para auxiliar os profissionais que buscam formações relacionadas às áreas de atuação do Instituto – sempre oferecidas por instituições de renome. O buscador permite filtros por formato, tema, carga horária, estrutura e certificado, entre outros.