A Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou o Brasil como um dos países que mais registraram infecções novas da varíola dos macacos, mas alguns cuidados básicos podem ajudar a conter a transmissão.

Primeiro, cansaço, dores, gânglios inchados e febre, até que apareceram feridas pelo corpo, como relata um homem que não quer se identificar. “O que era uma espinha já estava bem dolorido; já tinha passado para duas espinhas. Mas era o que parecia mesmo: uma bolsinha d'água, só que muito dolorida. Muito dolorida mesmo”, conta.

O diagnóstico: varíola dos macacos, uma doença causada por um vírus que tem como característica formar uma espécie de caroço pelo corpo e lesões na pele.

O Brasil entrou na lista de países com mais confirmações da doença, segundo a OMS. Até agora, o Ministério da Saúde registrou mais de 600 casos em pelo menos 13 estados e no Distrito Federal.

Quem acompanha a evolução do vírus alerta sobre a importância de explicar como a doença se espalha. Segundo os virologistas, uma pessoa infectada transmite o vírus principalmente pelo contato físico próximo e prolongado: pele a pele, pele com mucosa. Também no contato com roupas de cama e toalhas contaminadas; e ainda pelas secreções respiratórias: tosse e espirro.

Os cuidados passam pelo uso de máscara e higiene, mas não só.

“Qualquer pessoa pode, de fato, ser infectada. No entanto, obviamente em função da forma como esse vírus é transmitido, através do contato prolongado, aquelas pessoas que fazem muito contato íntimo com múltiplos parceiros estão, naturalmente, sob mais risco, justamente em função desses múltiplos contatos com diferentes pessoas”, afirma Anderson Fernandes de Brito, pesquisador do Instituto Todos pela Saúde.

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